Fiorentina e Benevento entram em campo pelo campeonato italiano neste domingo, 11, em Florença. O confronto é o primeiro no estádio Artemio Franchi, casa da viola, desde a morte do zagueiro Astori.
A rodada da liga até oferece jogos de maior clamor, mas os olhos da Itália e do mundo seguramente estarão na Toscana. O fato de o time da casa enfrentar o último colocado na classificação do italiano é o menor dos motivos.
Se a tolerância permite dizer que um funeral tem algo de belo, então é assim que se descreve a despedida de Astori. Desde o anúncio da tragédia até agora, o estádio Artemio Franchi, da Fiorentina, tem se transformado cada vez mais em um santuário.
Torcedores, jogadores e pessoas comuns passaram a deixar seus gestos de carinho e respeito a Astori. As redondezas do estádio estão carregadas de faixas, camisas, flores e cachecóis.
Dentre tantas homenagens, a que se destaca nessa retomada do futebol italiano e antecede Fiorentina e Benevento vem justamente dos visitantes. Isso porque os comandados de De Zerbi chegaram há alguns dias à cidade e prestaram uma bonita homenagem.
Esta não será a primeira vez que o Artemio Franchi vira palco para uma homenagem do gênero.
Cesare Prandelli, considerado último técnico a fazer a Fiorentina voar, chegando até à Champions League, comandou o time de 2005 a 2010. Em 2007, porém, o treinador viu sua esposa, Manuela Prandelli, morrer após anos lutando contra um câncer.
Uma homenagem era de se esperar no primeiro jogo da Fiorentina no Artemio Franchi, mas o que vimos foi um belíssimo show. Além de uma faixa dedicada a Prandelli, sua entrada no campo foi saldada com muitos aplausos.
Fiorentina e Benevento: o jogo
Fiorentina e Benevento entram em campo com objetivos opostos. O time da casa, na 10ª posição na tabela, vem de vitória contra o Chievo, mas demonstra instabilidade. Rigorosamente na metade da classificação, o time de Pioli precisa se decidir qual metade pretende estar.
Já o Benevento venceu apenas um dos últimos cinco jogos. Apesar disso, o último colocado na classificação ainda sonha com um milagre, que os manterá na primeira divisão.
Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.