Após falir, Modena pode ressurgir com Luca Toni como diretor

Após declarar falência nas últimas semanas, o Modena já dá indícios e encontra sinal verde para um rápido ressurgimento. De acordo com informações do blog do jornalista Gianluca Di Marzio, o time já teria até um novo nome para essa fase.

Segundo o artigo e informações da Sky Sports da Itália, o clube renascerá como Modena Calcio SSD ARL. Contudo, para sacramentar a volta do Modena, ainda há uma pendência, da qual os jornais tratam como “terceira parte”.

A iniciativa de resgatar o clube histórico, um dos mais tradicionais do campeonato italiano, é encabeçada pelo advogado Gianpiero SamorìGianni Gibellini. Este, aliás, é o líder de um grupo de empresários e teria injetado 16 milhões de euros no time, segundo o Modena Today. Além desses nomes, a Pro Modena também está por trás do projeto.

Voltando à “terceira parte”, a operação seria finalizada com a participação de ninguém menos que Luca Toni. O ex-jogador, que fez parte da Itália que venceu a Copa do Mundo em 2006, ocuparia o cargo de diretor geral. Além disso, caberia a ele gerenciar o clube com Roberto Marai (CEO da empresa Big Easy) e Eugenio Olli.

Embora tenha rodado o mundo do futebol, Luca Toni tem profunda identificação com o time. Enquanto jogador, ele brilhou por Palermo, Fiorentina e Bayern de Munique. O Modena foi o clube formador do atacante, que ficou por lá entre os anos 1990 e 1996. Ele se aposentou em 2016 no Hellas Verona, onde permaneceu como conselheiro.

Agora, a comunidade de Modena aguarda a apresentação da oferta para oficializar o ressurgimento do time. O procedimento é bem comum na Itália, como já vimos no caso do Parma. A mudança de nome também ocorreu por lá, algo comum para todo time italiano que passa pela situação.

Como também aconteceu com o Parma, o Modena deverá recomeçar da Serie D. Antes de falir, ele estava na C.

Como aconteceu a falência do Modena?

Conhecido oficialmente como Modena Football Club, o gialloblù tem mais de 100 anos de vida, tendo sido fundado em 1912. Na sala de troféus do time, encontramos dois títulos de Serie B e uma Supercopa da Serie C. Além disso, a melhor posição da squadra na Serie A foi um terceiro colocado, em 1946-1947. Sua última participação na primeira divisão aconteceu em 2004.

Em 5 de novembro de 2017, o Modena deveria entrar em campo para enfrentar o Santarcangelo Calcio 1926. Todavia, repetindo os últimos três jogos, a equipe também não disputou a partida, em razão de greve por atraso de salários. Como manda o regulamento, após 4 “W.Os” a squadra deve ser eliminada da competição. E assim aconteceu.

Como se não bastasse a pendência salarial aos funcionários, o clube “perdeu” o estádio Alberto Braglia. A dívida, que chegava a 5 milhões de euros, culminou no despejo de sua própria casa. De acordo com o Repubblica, isso se deve à dívida não paga com a própria cidade.

O Braglia, aliás, é o outro foco do problema. O ex-presidente do Modena, Antonio Caliendo, fechou um empréstimo de reestruturação do estádio e simplesmente não pagou as parcelas. Com juros, o valor chegou a 625 mil euros. A prefeitura interviu e responsabilizou o time gialloblù pelo abandono da estrutura.

O capítulo mais desastroso aconteceu em 2015. A dívida alcançou a casa de 1 milhão de euros quando Caliendo se tornou o proprietário único do clube. De lá para cá, o clube foi caindo até chegar à Serie C e, finalmente, à falência.

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