No final de semana, Davide Astori, zagueiro da Fiorentina, foi encontrado morto no quarto do hotel em Udine. Ele entraria em campo pela mais recente rodada do campeonato italiano. Infelizmente, o triste acontecimento fez surgir uma polêmica envolvendo o perfil de Astori no Fifa, o jogo de vídeo game.
Como se sabe, o zagueiro e capitão da viola, com passagens pela seleção italiana, estava disponível para compra no game. Mais precisamente no modo Ultimate Team.
No modo em questão, é possível usar dinheiro fictício (e real) para adquirir cartas de jogadores reais. E o que fizeram os usuários? Simples! Eles compraram as cartas de Astori no Fifa às pressas e prontamente anunciaram a venda das mesmas por um valor surreal.
This is what #fifa18 & #FUT have come too. We’ve all seen the terrible news regarding Davide Astori. Please don’t be one of those guys. If you have him in your club that is. Have some respect for what clearly was a great talent & I’m sure is a huge loss to everyone around him. pic.twitter.com/O35kcF2CFn
— JackFUT (@FUTJack__) 4 de março de 2018
Para se ter uma ideia, o valor máximo a ser pago em uma carta dessas é 10 mil moedas. Quase nenhum jogador vale isso, nem mesmo Cristiano Ronaldo e Messi. Todavia, boa parte dos anúncios encontrados colocavam o perfil de Astori no Fifa nesse valor ou próximo dele.
Carta de Astori no Fifa: falta de respeito ou algo natural?
Quase imediatamente após os primeiros anúncios encontrados, uma avalanche de críticas tomou a rede social. Acusando os anunciantes de insensíveis e desrespeitosos, muitos jogadores de Fifa chegaram a pedir à EA Sports, desenvolvedora do game, que tornasse a carta de Astori indisponível.
Para muitos, essas pessoas estavam tentando fazer “dinheiro” ou tomar vantagem da morte de Astori. Vale lembrar que o mesmo aconteceu com a Chapecoense após o acidente que matou praticamente o time inteiro.
Por outro lado, há quem acuse as pessoas que estão reclamando de um falso moralismo e hipocrisia. Afinal, quem realmente se interessava e admirava o jogador já o tinha em seu plantel.
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Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.