Fabrizio Miccoli, ex-atacante do Palermo e do campeonato italiano, se apresentou para ser preso nesta quarta-feira, 24 de novembro. A informação é da Gazzetta Dello Sport.
Miccoli apareceu espontaneamente no sistema carcerário de Rovigo após ser condenado por “extorsão com método mafioso”, segundo o próprio jornal italiano.
A apresentação antes mesmo da execução da pena antecipa o cumprimento de 3 anos e 6 meses de cárcere. Em coletiva de imprensa, também publicada pela Gazzetta, o ex-jogador do Palermo e do Benfica, também chamado de Romário de Salento, pediu desculpas e, chorando, afirmou “não ser um mafioso”.
Eu sou um jogador. Não sou um mafioso. Sou contrário a todas questões e pensamentos da máfia.
Procurei, em todos esses anos que estive aqui, ser amigo e espontâneo com todos, sem pensar no que estava por vir.
Estou aqui por aquilo que aconteceu, para tomar minha responsabilidade, para pedir desculpas a toda cidade de Palermo, a minha família, que me fez crescer com valores e respeito.
Miccoli em coletiva de imprensa, reproduzida pela Gazzetta
O caso
A condenação de Fabrizio Miccoli aconteceu não por questão de apostas ou algo do tipo – até comum no campeonato italiano. O jogador foi sentenciado após ser pego em uma cobrança de dinheiro, com agravamento de uso de método mafioso.
Segundo a Gazzetta, Miccoli teria se envolvido numa cobrança de 12 mil euros de Andrea Graffagnini, dono da boate Paparazzi. Para garantir a aquisição de dinheiro, o ex-jogador teria recorrido a Mauro Lauricella, filho do chefão da Kalsa.
Na internet, há diversas fotos de Miccoli e Lauricella em clima de amizade, em festas e iates. Segundo noticiário italiano, os dois se tornaram amigos exatamente na época que o atacante defendeu o Palermo, entre 2007 e 2013.
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Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.