Uma entrevista exclusiva com Bruno Cardoso. É esse o grande atrativo do mais novo episódio do podcast do Golazzo.
Ex-jogador do Palmeiras, campeão paulista 2008 e da Copa do Brasil 2012, Bruno vive nos Estados Unidos, é treinador de goleiro (e goleiras) e comentarista do DAZN.
Completamente conectado com o campeonato italiano, Bruno aceitou o convite do Golazzo para falar sobre Palmeiras, Felipão, 7×1 e, claro, o futebol da Serie A.
O bate-papo foi gravado e também publicado no Youtube. Confira abaixo os principais momentos da entrevista!
Golazzo – Na final da Copa do Brasil 2012, sem Barcos e Valdivia para o segundo jogo da final, você ainda acreditava no título?
Bruno – Aquele 2012 foi uma final, que é diferente de pontos corridos. Se comparar com outro mais recente, de 2015, o Palmeiras já tinha um baita time. Era talvez favorito contra o Santos.
Em 2012, a gente erado dado como azarão. A quarta força da semifinal. Por isso todo mundo fala: é um dos títulos mais improváveis da história do Palmeiras.
Depois daquele jogo de ida contra o Grêmio, no Olimpico, que a gente conseguiu segurar a pressão e fazer 2×0 no final, a gente acreditou. Ali falamos: “dá!”
O Felipão colocou o Betinho, que veio com 3 meses de contrato. Não tinha jogado. Na preleção, o Felipão falou: “Betinho, come grama, dá sua vida, que garanto sua renovação até o final do ano!”. E foi justamente o que aconteceu. Ele sofreu o pênalti e fez o gol no segundo jogo.
Golazzo – O que você acha que aconteceu no 7×1 e o que pensa do Felipão?
Bruno – O Felipão eu posso chamar de amigo. Fomos campeões juntos. É uma pessoa muito querida.
Do mesmo jeito que não gosto de julgar um goleiro, um atacante por um gol tomado ou perdido, eu também não acho justo julgar o Felipão por causa disso [7×1].
É marcante? É. Jogando em casa, numa semifinal, o time da Alemanha é muito bom, o Brasil sem seu principal jogador, o Neymar. O que aconteceu? Aconteceu futebol.
O Brasil entrou confiante, jogando em casa, tomou 1×0. Os dois, três primeiros gols em sequência. É lógico que vai abater, não tem como.
Golazzo – O que você achou da performance da Juventus “apenas” com o scudetto?
Bruno – Talvez foi a temporada mais fácil parar tirar esse título da Juventus. A pandemia acabou ajudando. A Itália foi muito atingida. Teve o isolamento mais duro.
Quando você volta de quase 4 meses parado, é diferente. A gente viu várias lesões acontecendo, falta de ritmo, morrendo no primeiro tempo. Quantos jogos você viu começando ruim, tendo a parada para a água e melhorando na final.
Talvez isso tenha ajudado, pois o elenco da Juventus ainda é o melhor. Talvez se não tivesse a paralisação, a Lazio estava muito bem.
Golazzo – O campeonato italiano sumiu do DAZN. Hoje para o torcedor brasileiro assistir à Serie A está bem difícil. Você tem alguma boa notícia para os brasileiros?
Bruno – Eu não tenho, porque a gente não sabe de nada. Essa negociação deve ter sido mantida a sete chaves. A gente não sabe o que aconteceu.
Quando o futebol voltou, eu acabei fazendo a semifinal e a final com o Conrado. Eu gosto demais de fazer campeonato italiano. Espero que volte.
Todo mundo fala da Premier League, mas tem muita gente que gosta do italiano. Espero que volte.
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Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.