Após aposentadoria, Buffon se torna ‘capo’ da seleção italiana

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(Reprodução / Youtube FIGC)

Gianluigi Buffon está oficialmente de volta ao futebol. Algumas semanas depois de anunciar a própria aposentadoria, mais precisamente em 2 de agosto, o ex-goleiro foi apresentado como novo “Capo da Seleção Italiana”, cargo que pode ser traduzido como “chefe da delegação” da Squadra Azzurra.

O anúncio veio por meio do presidente da federação, Gabriele Gravina, que liderou o evento cujo objetivo principal era apresentar Luciano Spalletti como novo técnico da Itália. Para o início do novo ciclo, também foram revelados os nomes restantes que integrarão a comissão do treinador. Aliás, Spalletti também já fez sua primeira convocação, pensando nos duelos de setembro pelas Eliminatórias da Euro 2024.

Embora oficializado somente agora, a colocação de Buffon na função já tinha sido publicada dias depois de sua aposentadoria do futebol jogado.




É um grande dia para a seleção italiana porque Gigi está voltando para casa. Buffon é um ícone do nosso futebol e uma pessoa especial. Sua paixão, seu carisma e seu profissionalismo serão decisivos para escrever uma nova e emocionante página desta extraordinária história de amor que é a camisa Azzurra.

Pessoalmente, estou muito satisfeito porque trazê-lo de volta à Itália, envolvê-lo no nosso projeto, é um objetivo meu há algum tempo. Vejo nele as qualidades de um técnico de alto nível e na federação ele pode iniciar a segunda metade de sua vida no mundo do futebol. O desejo que lhe dirijo é que o viva com as mesmas satisfações que marcaram a sua carreira como jogador de futebol”.

Gabriele Gravina, presidente da federação italiana, sobre Buffon



Como “capo”, Buffon passa a ocupar o lugar deixado recentemente por Daniele De Rossi. O ex-jogador da Roma sempre acompanhou a seleção italiana, tendo um dos momentos mais icônicos o seu “mergulho” no vestiário em comemoração pelo título da Euro 2020. O cargo não tem funções específicas, mas o esperado é que o ex-goleiro acompanhe desde os treinamentos em campo até as preleções e ainda integre o banco de reservas da Azzurra em dias de jogos.




Volto para a seleção porque aquela criança que cruzou o portão Coverciano pela primeira vez há trinta anos ainda quer sonhar e viver esse sonho junto com o torcedor italiano. Desde o primeiro contato nos últimos dias com o Presidente Gravina e depois com Mauro Vladovich, já tinha decidido dizer que sim, mas tínhamos que verificar alguns aspectos técnicos; a seleção vem em primeiro lugar e nada me impediria de voltar para casa.

A camisa Azzurra sempre fez parte da minha vida: a vesti e a honrei com empenho, ela me deu emoções únicas, chorei quando vencemos a Copa do Mundo e quando não conseguimos a classificação.

A relação com a seleção desde o Sub-15 até o time principal foi visceral: cada convocação, cada treino, cada jogo, tudo foi especial, porque nesses momentos você sente que está lá para representar sua nação, seu povo, e essa imensa responsabilidade sempre me deu forças para não desistir e para me levantar depois de cada queda.

Buffon ao ser anunciado como capo da Itália






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