As camisas aposentadas no campeonato italiano são uma forma de prestar homenagens àqueles que marcaram época ao longo da história. A tradição é observada em diversos países, e são inúmeras as razões pelas quais um número deixa de ser usado em determinado clube.
No futebol, pensando especificamente no brasileiro, não é algo tão comum assim. Por outro lado, o basquete, por exemplo, respeita a tradição de maneira bem explícita. Os ginásios dos times costumam exibir bandeiras estilizadas com os anos de títulos marcantes, mas também réplicas gigantes de camisas cujos números foram aposentados.
No futebol, qualquer mínima alteração nas camisas costuma passar por uma avaliação bem criteriosa das federações – das regionais até a própria FIFA. Na temporada 2021-2022, a Inter foi obrigada a alterar seu uniforme e retirar a estilização da cobra (seu mascote) para poder disputar uma partida da Champions League. A explicação mais aceita na ocasião é que há um limite de área para estampas na camisa, de modo que não prejudique a exibição do patrocínio master.
Apesar de toda essa burocracia, a aposentadoria de camisas não tende a esbarrar em nenhuma regra. Afinal, no caso da federação italiana, o regulamento determina tamanho dos números, cores, que sejam entre 1 e 99, porém não diz nada sobre uso obrigatório de algum número.
Sabendo disso, as camisas aposentadas passaram a fazer parte do campeonato italiano. A explicação é clara e óbvia: uma homenagem a jogadores que marcaram época. Seja por desempenho único e conquistas marcantes ou simplesmente um reconhecimento de anos e anos dedicados à defesa de um time, o hábito tomou conta do calcio italiano em grandes proporções. Tanto é que mesmo os times que, com o passar dos anos, se afastaram da Serie A, acabaram mantendo a aposentadoria de números, ainda que estivessem militando na segunda e até terceira divisão.
As principais camisas aposentadas do campeonato italiano são:
- Camisa 3 do Milan – Paolo Maldini
- Camisa 3 da Inter – Giacinto Facchetti
- Camisa 4 da Inter – Javier Zanetti
- Camisa 4 do Sassuolo – Francesco Magnanelli
- Camisa 6 do Milan – Franco Baresi
- Camisa 6 do Genoa – Gianluca Signorini
- Camisa 6 do Parma – Alessandro Lucarelli
- Camisa 6 da Roma – Aldair
- Camisa 7 do Genoa – Marco Rossi
- Camisa 10 do Brescia – Roberto Baggio
- Camisa 10 do Napoli – Diego Maradona
- Camisa 10 do Empoli – Francesco Tavano
- Camisa 11 do Cagliari – Gigi Riva
- Camisa 12 de vários times – homenagem às torcidas
- Camisa 13 do Cagliari / Fiorentina – Davide Astori
- Camisa 31 do Chievo Verona – Sergio Pellissier
Camisa 3 do Milan – Paolo Maldini
Paolo Maldini é o maior jogador da história do Milan. Não há elementos concretos para montar uma lista do tipo, mas as evidências levam a essa conclusão. Afinal, o jogador é até hoje o dono do recorde de partidas, 902 no total.
Sua presença no Hall da Fama do rossonero é meramente um reconhecimento de tudo que conquistou ao longo da carreira. Foram 25 anos como jogador profissional, todos com a camisa do Milan, de forma muito parecida como aconteceu com seu pai, Cesare.
A diferença é o número de títulos: foram 26 (absolutamente todos os possíveis), média superior a de um por ano. Todas essas credenciais – taças e anos – ajudam a levá-lo ao nível de bandeira rossonera, a maior.
Sua estreia no profissional aconteceu em 1985 e a despedida dos gramados aconteceu ao fim da temporada 2008-2009. Dali em diante, o Milan decidiu prestar homenagem à lenda aposentando a camisa 3, que foi sua durante toda a carreira.
Camisa 3 da Inter – Giacinto Facchetti
Giacinto Facchetti também está na lista dos maiores jogadores da Inter. Os porquês são muito parecidos aos citados no caso de Maldini no Milan.
O primeiro motivo está no Hall da Fama dos nerazzurri. A honraria foi criada em 2018 para eternizar os campeões, lendas e bandeiras do clube. O nome de Facchetti foi lembrado na edição de 2019, quando ele entrou para o hall ao lado de Toldo, Stankovic e Meazza.
Facchetti foi um dos poucos jogadores que defendeu a Inter em toda a carreira. O defensor, um dos mais icônicos da seleção italiana, vestiu as cores preta e azul entre 1960 e 1978. Não à toa, ergueu taças de absolutamente todas as competições possíveis. Ao todo, foram incríveis 634 partidas disputadas pela Inter.
Após a aposentadoria, perto dos anos 80, Facchetti chegou a assumir a presidência da Inter. Os torcedores choraram sua morte em setembro de 2006. Desde 2009, nunca mais nenhum jogador do clube vestiu a “sua” camisa 3.
Camisa 4 da Inter – Javier Zanetti
A camisa 4 da Inter vai pra sempre pertencer a outro emblemático capitão nerazzurro, Javier Zanetti. Tirando o fato de ter nascido na Argentina, a trajetória em Milão do ex-jogador é bem semelhante a de Facchetti, dentro e fora de campo.
As credenciais de Zanetti são indiscutíveis. Até hoje, ele se mantém como o atleta com mais jogos disputados pela Inter: 858 em 19 anos de serviços prestados. Para muitos, o ex-zagueiro, lateral e meio-campo é o maior jogador da Inter de todos os tempos.
Ele foi revelado pelo Talleres em 1992 e depois permaneceu no Banfield até 1995. Do ano seguinte até o fim da carreira, em 2014, Zanetti defendeu apenas a Inter, onde venceu absolutamente tudo. Em 2015, o seu número 4 entrou para a lista das camisas aposentadas do campeonato italiano.
Mais tarde, o argentino passou a integrar o Hall da Fama e ainda se tornou vice-presidente do time.
Camisa 4 do Sassuolo – Francesco Magnanelli
De 2010 para frente, o Sassuolo passou a ser tratado como uma sensação do campeonato italiano. As campanhas foram boas e as projeções de jogadores foram constantes. Surgiram Zaza, Berardi, Raspadori, Frattesi, Caputo, Scamacca, Locatelli, entre outros. Mesmo assim, nenhum foi mais importante que Francesco Magnanelli.
Ao contrário dos demais, o meio-campo desembarcou por lá em 2005 e simplesmente para disputar a Serie C. Daquele ano em diante, nunca mais deixou o clube, sempre vestindo a camisa 4 e muitas vezes acompanhada da faixa de capitão.
Em 2022, ao fim da temporada 2021-2022, decidiu se aposentar com 37 anos. Como reconhecimento por 520 partidas disputadas e 17 anos de dedicação, a camisa 4 de Magnanelli, o jogador com mais jogos na história do Sassuolo, foi aposentada.
Camisa 6 do Milan – Franco Baresi
A camisa de Franco Baresi no Milan, a icônica número 6, também foi aposentada e não é mais utilizada ou vista no campeonato italiano. Se você leu este artigo na ordem, passando por Maldini, Facchetti e Zanetti, então já imagina o porquê de Baresi também ter sido homenageado de maneira idêntica.
Assim como o rival nerazzurro nos anos 60, Baresi vestiu unicamente as cores vermelha e preta, de 1977 a 1997. Seja por anos de dedicação (duas décadas) ou pela qualidade, o zagueiro é até hoje um dos maiores jogadores do Milan. Sua presença no Hall da Fama é absolutamente obrigatória, seja pelas 719 partidas disputadas ou pelos títulos, todos os possíveis, incluindo uma Copa do Mundo pela Itália.
Ao contrário dos demais, a homenagem a Baresi foi praticamente imediata. Sua aposentadoria do futebol aconteceu em 1997 e a decisão pela retirada da camisa número 6 aconteceu já no outono daquele ano. Aliás, a tradição de aposentar camisas no campeonato italiano partiu exatamente com Baresi, o primeiro de todos.
Camisa 6 do Genoa – Gianluca Signorini
Gianluca Signorini é uma das bandeiras do Genoa. A fundação do clube se confunde com o próprio futebol italiano, tanto é que foi exatamente o rossoblù o conquistador do primeiro scudetto na história.
Essa informação é relevante porque, 100 anos depois do princípio do esporte na Itália, o Genoa não conseguiu se manter no topo. Muito pelo contrário. O clube passou a ter dificuldades para até mesmo se manter na primeira divisão.
Apesar de tudo isso, a equipe de Gênova conseguiu desenvolver idolatria por alguns poucos jogadores em meio a tantas dificuldades. É o caso de Signorini, que se tornou bandeira do clube após rodar por vários outros no campeonato italiano.
Ele chegou ao rossoblù em 1988 e por lá ficou até 1995. Em toda a carreira do defensor, o Genoa foi o clube pelo qual ele mais vezes entrou em campo, com mais de 200 jogos. O único título conquistado, no entanto, foi uma Serie B, em 1988-1989.
Os motivos, portanto, não são os mesmos das outras lendas citadas aqui. A aposentadoria da camisa 6 aconteceu como homenagem póstuma em 2002, no mesmo ano de sua morte. Além disso, Signorini acabou sendo o nome escolhido para rebatizar o centro esportivo do Genoa.
Camisa 6 do Parma – Alessandro Lucarelli
A aposentadoria da camisa 6 do Parma é justificada pela história de Alessandro Lucarelli. Ao contrário dos motivos mais comuns, como anos de dedicação e títulos históricos, as razões para eternizar o zagueiro são outras.
O Parma é internacionalmente conhecido pelos títulos da geração de Buffon, Cannavaro, Crespo, Chiesa, entre tantos outros. Todavia, nenhum deles acabou alvo da honraria destinada a Lucarelli. Como dito, a premissa é outra.
O zagueiro, irmão do artilheiro Cristiano, desembarcou nos crociati num momento de transição entre céu e inferno. Na temporada 2006-2007, o clube fechou a temporada na 12ª colocação da Serie A, caindo nas quartas da Copa Itália e nas “16 avos” da Copa UEFA. No ano seguinte, que antecedeu a chegada de Lucarelli, o Parma caiu para a Serie B, mas acabou retornando já na temporada seguinte.
Dali em diante, foram 10 anos de união entre time e jogador. O evento determinante para a aposentadoria da camisa 6 acabou sendo a desastrosa temporada 2013-2014. Depois de terminar o campeonato italiano em condições de ir à Europa League, o Parma foi proibido pela UEFA de se inscrever em razão de problemas financeiros. Isso acabou iniciando uma reação em cadeia que levou o clube diretamente para a Serie D.
Naquele momento, Lucarelli já tinha seus 37 anos e estava muito próximo da aposentadoria. Todavia, o jogador assumiu o compromisso de somente deixar os gramados após recolocar o clube na primeira divisão. E assim o fez. O Parma conquistou 3 acessos seguidos e voltou para a elite em 2018. No mesmo ano, a camisa 6 foi aposentada, junto com Lucarelli.
Camisa 6 da Roma – Aldair
Aldair é até hoje um dos melhores zagueiros do Brasil e um dos maiores jogadores da Roma. A aposentadoria da camisa 6 giallorossa é uma das poucas que acabou revogada ou cancelada anos depois.
O defensor já estava na capital italiana na época do título mundial com o Brasil na Copa de 1994. Sua “passagem” pela Roma durou belos 13 anos, de 1990 até 2003. Os números são impressionantes: 436 partidas disputadas, presente no top 10 do clube em todos os tempos.
Apesar de mais de uma década de dedicação à Roma, o ápice aconteceu, de fato, na parte final do ciclo. Afinal, ele integrou de maneira fundamental o time que levou o scudetto depois de mais de 20 anos. Dois anos mais tarde, Aldair deixou o clube e a camisa 6 foi aposentada.
Entretanto, em 2013, voltamos a ver um jogador giallorosso com o número às costas. O retorno, acredita-se, teve benção e até pedido do próprio Aldair.
Camisa 7 do Genoa – Marco Rossi
As histórias de Lucarelli e o próprio Signorini no Genoa são exemplos parecidos com a aposentadoria da camisa 7 de Marco Rossi.
Ao todo, foram 9 anos defendendo o rossoblù e acumulando um total de 298 partidas realizadas, o 5º maior no ranking histórico do clube. Revelado pela Luchese e campeão da Copa Itália com a Fiorentina, Rossi chegou ao Genoa em 2003 para disputar a Serie B, mas por empréstimo do Como. No meio tempo que deixou o time ao fim do período de cessão, o jogador viu de longe a equipe de Gênova ser enviada para a terceira divisão. Na tabela daquele ano, o Genoa somou pontos suficientes para subir, mas acabou rebaixado após ter um de seus diretores supostamente armando o resultado de um duelo contra o Venezia.
Pois foi nessa situação, em 2005, que Rossi retornou em definitivo. O time que deveria estar na elite acabou brigando para retornar à Serie B, e conseguiu. Com duas promoções em duas temporadas, o Genoa voltou para a Serie A e por lá continuou, se tornando o último clube na carreira do capitão, eterno dono da camisa 7.
Camisa 10 do Brescia – Roberto Baggio
Roberto Baggio é seguramente um dos maiores jogadores do futebol italiano de todos os tempos. A quem o conhece somente pelo pênalti perdido na Copa do Mundo de 1994, uma boa recomendação é assistir ao filme Il Divin Codino.
Em toda sua carreira, entre lances brilhantes e conquistas importantes, Baggio também sofreu com lesões e animosidades com treinadores. Essas histórias são muito bem documentadas no livro Calcio – A History Of The Italian Football.
Essas lesões e esses desentendimentos ajudam a entender como o camisa 10 transitou de um clube para outro, como da Juventus para o Milan, depois Bologna e finalmente no Brescia, seu último clube na carreira. Por lá, Baggio chegou em 2000, no alto dos seus 33 anos, mas com o claro objetivo de estar na lista dos convocados da Copa do Mundo de 2002.
Em um clube de menor expressão, o craque italiano recuperou o bom futebol e dividiu vestiário com jogadores como Luca Toni, Pep Guardiola e Andrea Pirlo. Aliás, um dos gols mais bonitos de sua carreira foi marcado após lançamento longo de Pirlo, que acabou em um domínio singular e gol igualmente único.
Sua despedida do clube e dos gramados, em 2004, culminou na aposentadoria da camisa 10 do Brescia.
Camisa 10 do Napoli – Diego Maradona
Diego Armando Maradona já é há um bom tempo o maior jogador da história do Napoli. Depois de sua morte, em 25 de novembro de 2020, a idolatria se tornou ainda maior, provocando até mesmo o rebatismo do estádio San Paolo para o nome do craque argentino.
Antes mesmo do falecimento, a camisa 10 do Napoli já tinha sido aposentada. A retirada do número aconteceu exatamente no verão italiano de 2000, quase 10 anos depois da última partida de Maradona pelo clube azzurro. No intervalo, alguns jogadores até chegaram a colocar o número às costas, mas o tributo colocou um fim nisso e, desde então, ninguém mais a utilizou.
Maradona chegou ao Napoli em 1984 em uma recepção que dificilmente será vista novamente no futebol italiano. O então estádio San Paolo estava absolutamente lotado para reverenciar o recém-contratado do Barcelona. Cerca de 70 mil pessoas ocuparam arquibancadas e até o próprio campo do estádio.
Em 7 anos, o camisa 10 praticamente colocou o Napoli no mapa. Entre as conquistas, foram 2 scudetti (1986-1987, 1989-1990), os primeiros da história do time; 1 Copa Itália (1986-1987); 1 Supercopa da Itália (1990)e1 Copa UEFA(1988-1989).
Camisa 10 do Empoli – Francesco Tavano
A tradição das camisas aposentadas no campeonato italiano figura igualmente nos times que, por alguns anos, se afastaram da primeira divisão. É o caso do Empoli e da sua camisa 10, pra sempre atribuída a Francesco Tavano.
Para ele, foram duas passagens marcantes pelo time da Toscana: de 2001 a 2006 e de 2011 a 2015. Em um total de 9 anos vestindo azzurro, Tavano atingiu números impressionantes: 312 jogos e 120 gols. Ele é recordista nos dois quesitos, o que já explica a aposentadoria da camisa.
Na primeira passagem, mais precisamente na temporada 2004-2005, acabou celebrando o título da Serie B após a “confusão” e punição ao suposto campeão Genoa. Na segunda, que acabou em 2015 após assinar com o Avellino, a camisa 10 findou por ser aposentada.
Camisa 11 do Cagliari – Gigi Riva
Gigi Riva é um dos nomes que não pode ser deixado de fora de qualquer debate que fale de futebol italiano. Uma boa credencial para ele é lembrar que se trata do maior artilheiro da história da seleção italiana.
No âmbito doméstico, a história não é diferente. Gigi Riva é nome sagrado para o Cagliari, afinal, seus 21 gols na temporada 1969-1970 ajudaram a conquistar o primeiro e único scudetto da história do clube. O atacante acabaria celebrando um total de 205 gols, números dignos do maior artilheiro do rossoblù de todos os tempos.
Durante 13 anos, Riva defendeu e fez história pelo Cagliari. Apesar da despedida dos gramados ter acontecido em 1976, foi apenas em 2005 que a camisa 11 foi aposentada em uma cerimônia que contou a presença do próprio e de vários outros craques da seleção italiana, incluindo o grupo que venceria a Copa do Mundo em 2006.
Camisa 12 de vários times – Torcida
A tradição de homenagear a própria torcida de um clube com a aposentadoria de uma camisa não é exclusiva de apenas um país. No Brasil, por exemplo, há pelo menos duas organizadas (Corinthians e Internacional) que se autodenominam Camisa 12. Isto é, elas funcionam como o 12º jogador do time e, logicamente, não utilizam o número em nenhuma camisa.
Na Itália, o costume é igualmente respeitado, tanto que alguns times, de primeira e segunda divisões, decidiram por aposentar a camisa 12, em sinal de respeito e homenagem aos seus torcedores.
O artigo do portal Numeri Calcio lembra pelo menos 9 clubes que optaram pelo tributo:
- Atalanta
- Cesena
- Genoa
- Lazio
- Lecce
- Palermo
- Parma
- Pescara
- Torino
Camisa 13 do Cagliari / Fiorentina – Davide Astori
A lista das camisas aposentadas no campeonato italiano contém homenagens por anos de vivência nos clubes, por numerosos gols feitos, por recorde de partidas e tributos póstumos. De um modo triste, Cagliari e Fiorentina acabaram unidos na lamentável morte de Davide Astori.
Para o mundo do futebol, o zagueiro apareceu no rossoblù da Sardegna em 2008. Contudo, desde 2004 ele já era convocado para as divisões de base da seleção italiana, e depois para a principal, de 2011 a 2017.
Depois de 6 anos e mais de 100 partidas pelo Cagliari, Astori foi emprestado à Roma, mas por apenas uma temporada. Ele não voltou e acabou contratado pela Fiorentina, seu último clube na carreira, onde jogou tempo suficiente para se tornar capitão.
Astori morreu em 4 de março de 2018, num hotel em Udine. O zagueiro estava concentrado com a viola para enfrentar a Udinese pela rodada 27 da Serie A 2017-2018.
Tanto Cagliari quanto Fiorentina decidiram homenagear o jogador com aposentadoria da camisa 13, o número de Astori.
Camisa 31 do Chievo Verona – Sergio Pellissier
No ato da publicação deste artigo, o Chievo Verona estava oficialmente declarado fora de qualquer competição do futebol italiano. Em 2021, o clube teve inscrição rejeitada na Serie B (onde estava), mas não foi parar em nenhuma divisão inferior. Teoricamente, o time desapareceu.
Apesar disso, como sua história e os anos disputando a Serie A não podem ou serão apagados, é preciso lembrar da aposentadoria da camisa 31, particularmente usada por Sergio Pellissier.
Não é para menos. Pellissier foi jogador do Chievo por incríveis 17 anos seguidos, entre 2002 e 2019. Ele detém os recordes de gols e partidas jogadas: 139 tentos e 517 jogos.
Com essas credenciais, que o colocam como bandeira máxima do clube de Verona, Pellissier se despediu dos gramados em 2019. Como reconhecimento por anos de serviços prestados, o presidente do time decidiu por aposentar sua camisa 31.
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Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.