Donnarumma foi vaiado em jogo da Itália no San Siro; clima deve se repetir na Champions League

Donnarumma vaiado jogo Itália SAn Siro
(Reprodução / Star+)

A Itália venceu a Ucrânia por 2×1 em rodada das eliminatórias da Eurocopa 2024. A partida aconteceu na última terça-feira, 12 de setembro, no San Siro, em Milão, e acabou também marcada por vaias direcionadas a Gianluigi Donnarumma.

O triunfo colocou a Squadra Azzurra na segunda colocação do grupo C com 7 pontos, porém, em igualdade nesse quesito com Ucrânia e Macedônia, todos atrás da Inglaterra. Apenas os dois primeiros de cada grupo se classificam diretamente para a Euro no ano que vem, todavia, a seleção italiana, ainda que fique fora do credenciamento direto, já está garantida pelo menos nos playoffs, em razão da última performance na UEFA Nations League (quando chegou à final).

O “drama” pela busca da classificação direta pode ser um dos motivos para as vaias que ecoaram no San Siro, mesmo com a Itália jogando em casa. No entanto, Donnarumma foi claramente o alvo principal dos protestos, o que indica um protesto mais regional, sobretudo dos torcedores do Milan que foram ver a seleção de perto.

O goleiro deixou o rossonero ao se transferir para o PSG em 2021, uma negociação que não foi bem recebida pelas arquibancadas, que exibiam faixas de protestos contra a Gigio durante jogos antes mesmo da transação ser concluída.

O clima atípico tende a ser uma prévia do que será observado na fase de grupos da Champions League 2023-2024. No sorteio, o Milan não só caiu no chamado “grupo da morte”, como também terá de encarar dois reencontros com ex-atletas. O primeiro deles será Sandro Tonali, que voltará a Milão vestindo a camisa do Newcastle. O segundo é exatamente Donnarumma, atual goleiro do PSG, que visitará o rossonero no dia 7 de novembro.







Vaias a Donnarumma: Vicario defende; Spalletti entende




Tão cedo o apito final para Itália 2×1 Ucrânia soou e as vaias a Donnarumma se tornaram o assunto principal do pós-jogo, seja nas redes sociais ou nas entrevistas coletivas.

Gugliemo Vicario, goleiro do Tottenham e reserva de Gigio, “respondeu” as vaias ainda em campo. Assim que o final do jogo foi assinalado, o ex-Empoli foi o primeiro a abraçar Donnarumma, gesto que acabou seguido e repetido pelos demais jogadores da Squadra Azzurra.

Nas redes sociais, Vicario completou o aceno com post elogioso ao companheiro de posição e crítico ao protesto no San Siro:




Vaias são difíceis quando você está fora… quanto mais em casa. Você foi ótimo. E estamos um passo a mais na direção certa.

Post de Vicario nas redes sociais



Como não poderia ser diferente, Luciano Spalletti, que fez sua segunda partida como treinador da seleção italiana, conquistando a primeira vitória do ciclo, também foi perguntado durante coletiva de imprensa. Num entendimento diferente, o técnico interpretou as vaias como um protesto geral à performance de sua equipe no San Siro. Segundo ele, a melhor resposta será “ficar calado e trabalhar mais pesado”.




Nós temos que aceitar críticas. Por que? Porque somos privilegiados. Então, se fomos vaiados, é porque não merecemos os aplausos.

Pessoas com a personalidade que precisamos não devem reagir. Às vezes você pode responder com ações, às vezes com palavras para mostrar caráter. Às vezes você fica em silêncio e, nesse caso, você fica em silêncio e trabalha duro, então você exibe um espetáculo melhor, porque talvez tenhamos sido vaiados por alguém que viu algo que não estava certo.

Portanto, você age com humildade e reconhece que recebeu uma oportunidade para mostrar talento e uma chance de viver esse momento. Uma chance que todos queriam, mas não têm.

Spalletti técnico da Itália, em coletiva de imprensa



A Itália volta a campo em outubro pelas mesmas Eliminatórias, que acabam em dezembro e determinam os classificados para a Euro 2024.







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