O fim de 2022 melancólico para a seleção italiana teve mais um acontecimento marcante. Neste domingo, 20 de novembro, a Itália foi à Viena enfrentar a Áustria em jogo amistoso e acabou perdendo por 2×0 – gols de Schlager e Alaba.
Curiosamente, o evento sem grande impacto para o calendário de seleções aconteceu no mesmo dia e horas depois da abertura da Copa do Mundo 2022. Tanto Áustria quanto Itália (esta pela segunda vez consecutiva) não conseguiram se classificar para o mundial, o que explica a realização do amistoso.
Com o placar final, agora a Squadra Azzurra encerra o ano de olho em um 2023 muito importante. Afinal, o calendário será praticamente todo preenchido com a fase final da UEFA Nations League, que até tem um caráter mais amistoso, mas principalmente com as eliminatórias da Euro 2024. Para se garantir no torneio, a Itália precisará superar um grupo com Inglaterra, Ucrânia, Macedônia e Malta.
Ainda pensando na transição de 2022 para 2023, a derrota para a Áustria marcou também a despedida da Itália vestida com uma camisa assinada pela Puma. O amistoso acabou sendo o capítulo final na parceria entre a seleção e a fornecedora alemã.
Seleção italiana: sai Puma, chega Adidas
Após 19 anos, Itália e Puma não serão mais parceiras no universo do futebol internacional, uma das mais icônicas e conhecidas, talvez comparável com a associação entre Brasil e Nike. A troca já foi confirmada pela própria federação italiana.
A primeira vez que a Azzurra vestiu Puma foi em 2003. Naquele momento, a fornecedora esportiva assumiu o lugar da Kappa, que vinha associada às boas campanhas em Copa do Mundo e Euro, mas sem títulos. Pois a mais nova cooperação firmada acabou promovendo o início do último e mais recente ciclo de vitórias da Itália.
Em 2006, mesmo em meio a todos os problemas causados pela investigação, descoberta e punição do Calciopoli, a seleção voltou a vencer uma Copa do Mundo. A camisa produzida para aquela edição do mundial, aliás, é vista como uma das mais belas da Itália de todos os tempos.
Algum tempo se passou, a Squadra Azzurra ficou de fora da Copa do Mundo 2018, mas conseguiu recuperar o prestígio, ainda que momentaneamente, em 2020. Não inclusa no grupo de favoritas, a equipe de Roberto Mancini conquistou o título da Eurocopa, que acabou acontecendo em 2021 por causa da pandemia. A segunda taça mais importante da era Puma.
Pois em março de 2022, a própria federação italiana já anunciou o fim da parceria com a substituição pela Adidas. Na verdade, trata-se de um retorno à Adidas, que já vestiu a seleção entre 1974 e 1978. O foco é obviamente na equipe masculina principal, porém o acordo prevê material para absolutamente todas as classes do futebol italiano:
O anúncio da parceria com a Adidas é motivo de orgulho para a FIGC. Esta colaboração representa um passo fundamental no caminho de crescimento de nosso apelo comercial e fortalece o processo de desenvolvimento de nossa marca na Itália e no exterior.
A paixão e o entusiasmo que encontramos na Adidas são os mesmos que a federação italiana aprofunda todos os dias na promoção de todas as seleções do país e do futebol nacional, em todos os níveis.
Gabriele Gravina, presidente da federação italiana de futebol
Ao longo da história, a Itália já teve camisas produzidas por Nike, Diadora e outras marcas já citadas. No entanto, a parceria com a Puma foi a mais duradoura de todas, com 19 anos.
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Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.