O técnico italiano do Shakhtar Donetsk, Roberto De Zerbi, decidiu permanecer na Ucrânia mesmo em meio ao princípio do conflito armado entre o país e a Rússia. O treinador deu entrevista à Gazzetta Dello Sport, na qual conta detalhes da situação atual do país e do futebol.
Na madrugada desta quinta-feira, 24 de fevereiro, o noticiário internacional passou a documentar os primeiros movimentos da invasão russa à Ucrânia. As imagens revelam o trânsito de tanques de guerra e disparos de mísseis em meio a centenas de pessoas tentando deixar os centros urbanos, em especial a capital Kiev.
Tão cedo a situação se complicou com o princípio da invasão russa e o campeonato de futebol ucraniano já foi oficialmente paralisado por 30 dias. Diante do cenário, ainda com a possibilidade de deixar o país, De Zerbi decidiu permanecer junto com todo seu staff.
A embaixada nos disse para ir embora, mas eu não podia deixar minha equipe sozinha. Eu sou um homem do esporte não poderia virar as costas para o clube e para os torcedores.
Roberto De Zerbi, técnico do Shakhtar, em entrevista à Gazzetta
Segundo contou e continuou o treinador, que está exatamente em Kiev, a comissão foi acordada nesta quinta-feira com o barulho de bombas, em meio às fileiras de carros que tentavam se deslocar e fugir da cidade. De Zerbi também lembrou que o Shakhtar possui 13 jogadores brasileiros no elenco, que “poderiam ter ido para casa pelo menos até que houvesse segurança, mas não, esperamos e esta noite as explosões nos acordaram”.
Nas redes sociais, já circula o vídeo dos atletas brasileiros, todos reunidos ao lado de suas famílias em um hotel na Ucrânia, pedindo ajuda às autoridades brasileiras em meio ao caos que se instalou. Nas imagens, Marlon é o porta-voz do pedido, revelando que “fronteiras já estão fechadas e espaço aéreo também”.
🎥 O #Marlon do Shakhtar Donetsk pede ajuda às autoridades brasileiras para sair da Ucrânia.
— Andersinho Marques (@Andersinho_ITA) February 24, 2022
Alô @DefesaGovBr vai buscar eles, o Marlon fez o video em nome de todos (não só jogadores) pic.twitter.com/Ed3KJqyJ12
Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.