O Ministério Público Federal da Itália concluiu as investigações sobre o caso de possível omissão de testes positivos de jogadores da Lazio. Todo o relato do processo foi publicado pela própria federação italiana de futebol. Veja aqui.
Desde o início da averiguação, em outubro de 2020, o presidente do clube, Claudio Lotito, bem como outros dois médicos (Pulcini e Rodia), se tornaram alvo da procuradoria.
Tendo conhecimento disso, o mandatário biancoceleste chegou a solicitar audiência para apresentação de defesa, mas foi negada. Portanto, não houve possibilidade de acordo judicial.
O caso
As investigações começaram após eventos entre os dias 4 e 8 de novembro de 2020.
No dia 4 de novembro, a Lazio foi à Russia enfrentar o Zenit pela fase de grupos da Champions League. Na ocasião, três jogadores (Immobile, Lucas Leiva e Strakosha) ficaram de fora após testarem positivo.
Contudo, em 8 de novembro, 4 dias mais tarde, os três foram liberados para atuarem contra a Juventus pelo campeonato italiano. De acordo com o médico do clube, a contestação da disparidade entre os testes, ainda que em pouco intervalo de tempo, “não tem sentido”.
Desde então, a Lazio entrou na mira da procuradoria e agora, com a finalização das investigações, está sofrendo as acusações.
As acusações
A nota emitida pela federação italiana de futebol diz que a Lazio “violou o art. 4º, § 1º, da CGS, do art. 44, parágrafo 1, do N.O.I.F., dos Protocolos de Saúde FIGC, bem como as disposições da C.U. n. 78 / A FIGC de 1 de setembro de 2020 em caso de ‘Falha conformidade com os protocolos de saúde'”.
O documento cita o presidente da Lazio por não cumprir ou deixar de monitorar as questões de saúde. E mais:
- por ter permitido ou, em qualquer caso, não ter impedido 3 (três) jogadores de jogar com o restante “Grupo Equipe “, todo o treino da manhã do dia 3 de novembro de 2020 até o final do mesmo, apesar de sua positividade para os chamados tampões. “UEFA”, realizada em 2 de novembro de 2020 era conhecida do Dr. Rodia (MLO – MedicalLaisonOfficer of S.S. Lazio spa);
- por não ter se submetido ao período obrigatório de isolamento, no caso de assintomática, de no mínimo 10 dias, a partir do resultado do buffer de 26 de outubro de 2020, conforme exigido pela Circular do Ministério della Salute de 12 de outubro de 2020, um de seus próprios jogadores que foi usado na partida Torino x Lazio de 1 de novembro de 2020;
- por não ter se submetido ao período de isolamento, em caso de assintomática, de no mínimo 10 dias, a partir da data do resultado do buffer de 2 de novembro de 2020, conforme exigido pela Circular Ministerial de 12 de outubro 2020 o seu próprio jogador e, consequentemente, por o ter incluído no distinto jogo do jogo Lazio x Juventus a 8 de novembro de 2020;
As punições
Conforme aponta o artigo do Corriere Dello Sport, há um leque de possibilidades de punições para a Lazio.
A começar por Lotito, que pode perder o cargo de representante na liga italiana. A instituição decide, entre tantas coisas, quais empresas de mídia farão a transmissão do futebol italiano, por exemplo.
Quanto ao clube em si, o problema pode ser ainda maior. A pior pena possível é o rebaixamento imediato da Lazio para a Serie B.
Na melhor das hipóteses, a equipe seria declarada derrotada nos jogos contra Torino (vitória) e Juventus (empate) por 3×0. Além de perda de pontos.
Recomendados para você:
Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.