Eleger os maiores jogadores do Genoa na história é tarefa única em razão de tamanha dificuldade. Ainda que os entraves surjam também na montagem da lista de Milan e Napoli e outros campeões italianos, por exemplo, há pouca discussão ao lembrarmos nomes de Maldini e Maradona.
Já no caso do rossoblù de Gênova, as variáveis são bem mais numerosas e dificilmente o resultado da equação será unânime, mesmo entre torcedores do próprio Genoa.
O primeiro entrave é pensar nos quesitos para eleição. Até aí sem novidades, pois a mesma adversidade se apresenta seja qual for o clube. O que vale mais? Número de gols, de partidas, identificação com torcida, etc. O segundo ponto é a “idade” do time. Afinal, estamos falando da primeira equipe italiana da história. No ato do fechamento deste artigo, já eram celebrados 129 aniversários. Como fazer uma retrospectiva com ranking de importância de jogadores em mais de um século de existência?
Outro ponto: o “status” do Genoa. O grifone é o primeiro campeão italiano na história e soma 9 taças da competição até aqui. Todavia, isso aconteceu bem no início da Serie A, inclusive na primeiríssima edição. De lá em diante, o time chegou a disputar a Serie C e jamais repetiu as campanhas vitoriosas. Portanto, basta nomear os jogadores dos primeiros títulos? Não é bem assim.
Vale lembrar que, na celebração do aniversário de 120 anos, foram eleitos pelos próprios torcedores os 11 melhores jogadores do Genoa na história. É curioso ver que todas as gerações foram lembradas, mas não de maneira tão superior com os atletas dos primeiros scudetti, como era de se imaginar.
Portanto, com a declaração de todos esses asteriscos e feitas as observações, os maiores jogadores do Genoa são:
Nome completo: Domenico Criscito
Data de nascimento: 30 de dezembro de 1986
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Genoa
Anos no Genoa: 2002 a 2004; 2006 a 2007; 2008 a 2011; 2018 a 2022 (11 anos)
Títulos: –
Na somatória de anos de Genoa, Domenico Criscito possui números impressionantes. As 274 partidas, muitas delas com a faixa de capitão, o colocam no top 10 dos jogadores com mais partidas disputadas.
Contudo, conforme indicado no bloco acima, e ao contrário de outras lendas do futebol italiano, a identificação com o torcedor foi criada de forma distinta. Revelado no próprio rossoblù, Criscito acabou rodando por outros clubes, como Juventus e até o Zenit (onde foi campeão), mas sempre “arrumando” um modo de regressar a Gênova. Como quem volta para casa depois de uma viagem longa.
Em 2009, já com duas passagens pelo grifone, o jogador italiano concedeu uma entrevista logo após uma derrota pela Azzurra durante a Eurocopa Sub-21. Na ocasião, ele disse: “Me tornarei uma bandeira rossoblù”. E assim acabou acontecendo. Não exatamente com as glórias e boas campanhas de outros nomes presentes nesta lista, mas ainda assim algo digno de reconhecimento.
O último retorno aconteceu em 2018 e se encerrou de maneira melancólica. Depois de temporadas em sequência fugindo do rebaixamento, a queda para a Serie B acabou finalmente acontecendo em 2021-2022. Em um dos duelos finais, exatamente no Derby Della Lanterna contra a Sampdoria, Criscito chegou a perder um pênalti e o clássico acabou com derrota por 1×0.
A temporada se encerrou, Criscito chegou a acenar permanência para resgatar o Genoa, mas encerrou o contrato de comum acordo. Em sua carta pública de despedida, chegou a dizer “não queria escrever sobre o último adeus, mas nossos caminhos devem ser dividir mais uma vez, infelizmente”. Atitude de um dos maiores jogadores do Genoa, ainda em que em momentos de crise.
O lugar mais mágico de Gênova é o estádio, quando pintado de vermelho e azul
Criscito em entrevista ao canal do Genoa
Nome completo: Cláudio Ibrahim Vaz Leal
Data de nascimento: 4 de abril de 1964
Nacionalidade: Brasileiro
Clube de formação: Internacional
Anos no Genoa: 1990 a 1993 (3 anos)
Títulos: –
Falar de um jogador brasileiro cujo nome é Cláudio Ibrahim Vaz Leal pode não dizer muito. Porém, basta utilizar no lugar a alcunha de Branco para iluminar a discussão. Quem viveu as décadas de 80 e 90 fatalmente se lembrará do título nacional com o Fluminense e o jogo da Copa do Mundo de 1994 contra a Holanda.
Não à toa a melhor lembrança do torcedor rossoblù quando se fala em Branco é realmente as cobranças de falta, quase uma marca registrada do lateral/terzino brasileiro. Aliás, há pouco risco em dizer que a melhor de todas as lembranças, para não dizer “gol”, é de fato um golazzo de falta anotado simplesmente no Derby Della Lanterna, contra a Sampdoria. Só por isso talvez já explique sua presença dentre os maiores jogadores do Genoa. Para muitos torcedores já é suficiente.
Branco apareceu no clube depois de surgir no Brasil e disputar duas temporadas no Porto. Hoje olhamos para trás e podemos cravar que os três anos que esteve por lá, de 1990 a 1993, representaram a última boa fase do clube. Dali em diante, foram alguns rebaixamentos e campanhas seguidas na segunda divisão.
Mas antes disso, Branco fez parte do excelente Genoa que chegou até a semifinal da Copa UEFA 1991-1992. Embora bem expressivo no cenário doméstico, o rossoblù não tem títulos internacionais e esse foi o mais próximo que chegou. O triunfo sobre o Liverpool nas quartas, com vitória em casa e fora, foi o grande momento no torneio, que acabou seguido da derrota para o Ajax, campeão da edição.
Nome completo: Roberto Pruzzo
Data de nascimento: 1 de abril de 1955
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Genoa
Anos no Genoa: 1971 a 1978 (7 anos)
Títulos: Campeonato italiano Serie B (1975-1976)
Roberto Pruzzo é um dos atacantes mais letais e prolíferos da história do campeonato italiano. Os números são impressionantes de tamanha forma que ele figura também na lista dos maiores jogadores da Roma. Mas será que também é digno de estar entre os maiores jogadores do Genoa?
Por falar em gols, citá-lo é também uma oportunidade de lembrar o nome de Edoardo Catto, que atuou na mesma função pelo Genoa nos anos 20, venceu 2 scudetti e até hoje segue como o maior goleador rossoblù de todos: 98 gols marcados.
Pruzzo, por outro lado, somou 68 gols. Mas então por que incluir Pruzzo e não Catto, ainda mais sabendo que o segundo celebrou 2 títulos do campeonato italiano?
Bem, primeiramente porque assim opinaram os próprios torcedores naquela eleição do Hall da Fama em 2013. Em segundo lugar, o contexto também é importante. Roberto Pruzzo foi revelado e projetado pelo próprio rossoblù. Mas não só isso: os anos na posição de bomber foram pontuados por campanhas instáveis e disputas de Serie B. Ou seja, bem diferente do Genoa dos anos 20.
Mesmo assim, Pruzzo segue lembrado até hoje como uma das grande virtudes da sua geração em Gênova. De conquista mesmo, fica o título do campeonato italiano Serie B 1975-1976 junto com a artilharia daquela edição (18 gols).
Produto da base rossoblù, Pruzzo era o típico centroavante na pequena área, capaz de explorar os poucos espaços que as rígidas marcações feitas lhe deixavam.
Depois de estrear em 1973/1974, tornou-se posteriormente o ponta-de-lança da equipe rossoblù que contribuiu para a subida à Serie A, alcançando o lugar de honra entre os artilheiros.
No ano seguinte, no final do campeonato, Pruzzo deixou o Genoa para sempre para se mudar para Roma, onde jogou por dez temporadas, antes de encerrar sua carreira na Fiorentina
Nota da Fondazione Genoa sobre Pruzzo
Nome completo: Mario Bortolazzi
Data de nascimento: 10 de janeiro de 1965
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Mantova
Anos no Genoa: 1990 a 1998 (8 anos)
Títulos: –
Mario Bortolazzi é nome conhecido no campeonato italiano dos anos 90. O jogador de meio-campo rodou diversos clubes no período, mas em nenhum conseguiu criar identificação como fez no Genoa. Ele também aparece no ranking dos atletas com mais jogos disputados, somando 290.
Apesar disso, conforme conta a Fondazione Genoa, o começo no rossoblù não foi dos melhores e a paixão dos torcedores não foi à primeira vista. Longe disso. Embora regista, uma função tão admirada no futebol italiano que significa “diretor”, como nos filmes, Bortolazzi não conseguiu executar seu melhor futebol com as camisas de Fiorentina, Milan, Parma, Atalanta e Hellas Verona. Foram relativamente poucos jogos pelos outros times.
No Genoa, seu desembarque aconteceu aos 25 anos, mas com contestação da torcida. Especialmente após pênalti perdido contra a Roma na Copa Itália de 1990. O acontecimento resultou na eliminação nas oitavas de final daquela edição.
Felizmente para ele para a torcida do grifone, o perdão veio após o triunfo sobre a Sampdoria no Derby Della Lanterna alguns dias depois – mesmo jogo em que Branco anotou aquele gol antológico. Dali em diante, o meio-campo se tornou peça fundamental até o fim da década. Claro, com o mesmo destaque que tiveram merecidamente os demais na geração que quase chegou na final da Copa UEFA, não fosse o Ajax nas semis.
Nome completo: Fosco Becattini
Data de nascimento: 16 de março de 1925
Data de morte: 14 de dezembro de 2016
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Genoa
Anos no Genoa: 1945 a 1961 (16 anos)
Títulos: 1 campeonato italiano Serie B (1952-1953)
Após uma breve olhada na foto e na data de nascimento de Fosco Becattini, já é possível notar que se trata de um ídolo de gerações mais antigas. Mas não tão antigas assim.
Nascido e desenvolvido na região da Ligúria, que abriga Gênova e já é um bom começo para ser lembrado com carinho pelo torcedor rossoblù, Becattini não era nem nascido quando o Genoa conquistou todos os seus scudetti. Sua colaboração aconteceu no pós-guerra (1945), um dos diversos e infelizmente repetitivos períodos instáveis do clube.
Mesmo assim, o terzino entrou em campo para defender o grifone mais de 400 vezes. Até pouco tempo, ele seguia como o jogador com mais partidas pelo time. Tecnicamente, o feito é superior aos companheiros que bateram a marca, afinal, quando Becattini jogava as regras do futebol eram outras. Por exemplo: até 1958, os times não podiam fazer substituições.
Talvez isso explique o apelido de palla di gomma (bola de borracha, em tradução livre), ainda que os relatos mais comuns justifiquem pelo seu estilo acrobático de jogo. Em todos os 16 anos, Becattini integrou elencos do Genoa que fecharam temporadas em meio de tabela, mas também participou de uma queda para a segunda divisão. Todavia, também participou do acesso para a Serie A com o título da Serie B de 1952-1953, a grande glória da sua longeva carreira.
Nome completo: Giovanni De Prà
Data de nascimento: 28 de junho de 1900
Data de morte: 15 de junho de 1979
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Spes Genova
Anos no Genoa: 1921 a 1933 (12 anos)
Títulos: 2 scudetti (1922-1923, 1923-1924)
As listas dos melhores goleiros italianos de todos os tempos costumam analisar e contabilizar os feitos dos anos 50, 60 e 70 em diante. Algumas ampliam os critérios para incluir nomes de décadas anteriores, mas dificilmente. Caso acontecessem, talvez figurasse a menção a Giovanni De Prà.
O goleiro disputou o campeonato italiano nos anos 20, então é muita pretensão tentar detalhar com propriedade seus grandes feitos. Contudo, há fontes de confiança para qualificar De Prà.
A primeira evidência vem da própria torcida rossoblù. Mesmo em uma eleição feita em 2013, ele foi o eleito para ocupar a meta da seleção do Genoa de todos os tempos. Assim foi descrita a honraria:
Goleiro do Genoa de 1921 a 1933, com 19 jogos pela seleção italiana. Em julho de 1972 recebeu a Fronda d’Oro, um prêmio destinado a quem honra a terra da Ligúria e seu povo no país e no mundo. Em 9 de Dezembro de 1979, ano da sua morte, a estrada que liga a ribeira de Bisagno e o estádio ‘Luigi Ferraris’ recebeu o seu nome.
Citação da Fondazione Genoa
A segunda evidência marcante também vem da própria fundação, fonte segura sobre a história do clube. No vídeo publicado sobre De Prá, dá para se ter uma ideia do tamanho de sua representatividade e o porquê de ser um dos maiores jogadores do Genoa de todos os tempos:
Durante um amistoso contra a seleção italiana, as suas defesas iluminaram os olhos do treinador Garbutt, que admirou a coragem, o “punho de ferro”, a garantia com mãos exageradamente grandes e fortes. A potência explosiva das pernas o levam para o Genoa. Para De Prà, inicia uma deslumbrante carreira rossoblù, que culmina com os dois scudetti 1922-1923 e 1923-1924 com o recorde de 33 partidas úteis consecutivas sem derrotas.
A sua extraordinária capacidade e os seus dotes carismáticos o levam para a seleção italiana para um breve tempo. Jogou 19 vezes pela Azzurra, com duas participações em Olimpíadas.
Sua fama chegou ao cume. O presidente do Torino o “convoca” com uma oferta sem igual com um cheque em branco. Ele se tornaria um jogador profissional muito bem pago, mas com outra camisa. De Prá respondeu:
“Sou genovês e genoano. Seguirei fiel às cores vermelha e azul ao longo da vida”
Citação da Fondazione Genoa
Nome completo: Gennaro Ruotolo
Data de nascimento: 20 de março de 1967
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Santa Maria a Vico
Anos no Genoa: 1988 a 2002 (14 anos)
Títulos: 1 Campeonato italiano Serie B (1988-1989)
Gennaro Ruotolo é mais um jogador que integra aquela seleção montada pelos torcedores do Genoa. Entretanto, o meio-campo tem uma coisa que nenhuma outra “bandeira” rossoblù tem (e talvez nunca terá): mais de 500 partidas disputas com esta camisa.
Quase 20 anos desde que Ruotolo deixou os campos de futebol, mais de 100 anos da fundação do Genoa, e ninguém foi capaz de superar esses números. Não há uma doutrina que determine e qualifique um atleta para ser eleito ídolo ou bandeira, mas no futebol italiano há muito respeito e reconhecimento por jogadores que dedicam anos à mesma camisa. Mesmo sem grandes conquistas no período.
Antes e depois de defender o Genoa, Ruotolo rodou por clubes de menor expressão na Itália – e até fora. Olhando para trás, foi realmente no grifone que ele encontrou estabilidade e maior identificação com os torcedores. É bem verdade que não foram anos muito gloriosos – dos 14 em Gênova, foram 6 na primeira divisão e 8 na segundona do italiano. Uma das campanhas na Serie B, inclusive, a da temporada 1988-1989, se encerrou com promoção e título.
A última boa fase registrada do time rossoblù, com direito a duelos e chance de título em cenário internacional, foi na Copa UEFA 1991-1992. O clube bateu de frente com o tradicional Ajax, mas ficou pelo caminho nas semifinais. Naquele duelo, Ruotolo era um dos titulares.
Jogador de ritmo acelerado, disputou seus melhores campeonatos entre 1988/1989 e 1991/1992, mas também se destacou por um posterior refinamento de sua técnica, que o levou a disputar alguns jogos como regista.
Citação da Fondazione Genoa sobre Ruotolo
Nome completo: Vincenzo Torrente
Data de nascimento: 12 de fevereiro de 1966
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Nocerina
Anos no Genoa: 1985 a 2000 (15 anos)
Títulos: 1 campeonato italiano Serie B (1988-1989)
Para ser considerado um dos maiores jogadores do Genoa na história, normalmente é necessário ter integrado os primeiros elencos do clube, aqueles que levantaram os scudetti das primeiras edições do campeonato italiano, ou ter defendido a camisa rossoblù por alguns anos.
Vincenzo Torrente se qualifica por meio da segunda condição, mas não só isso. Afinal, foram 15 anos vestindo rossoblù. Aliás, por pouco o zagueiro não se tornou o jogador com mais partidas pelo Genoa. Mesmo assim, ele se aposentou com a marca de 455 partidas, algo notável e reconhecido pelos torcedores até hoje.
Outro quesito respeitado por torcidas no mundo todo, mas ainda mais na Itália, é a fidelidade de jogadores em momentos complicados – para não falar em rebaixamento. Torrente desembarcou no grifone em 1985 quando tinha 19 anos. Sua partida aconteceu somente aos 34 anos, após transferência para a Alessandria.
Nesse intervalo, o zagueiro participou de inferno, céu, inferno e ceú. Praticamente nessa ordem. O grande momento com o Genoa se iniciou na campanha do acesso para a Serie A, em 1988-1989. Dali em diante, sobretudo no princípio da década de 90, foram anos gloriosos para os “novos padrões” do clube. Ele esteve presente ativamente na campanha de semifinal na Copa UEFA 1991-1992 e também a 4ª colocação no campeonato italiano, um ano antes.
Em 1994-1995, contudo, o Genoa voltou para a segunda divisão. Torrente seguiu com o time até os anos 2000, mesmo sem a reconquista do acesso.
Nome completo: Marco Rossi
Data de nascimento: 1 de abril de 1978
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Lucchese
Anos no Genoa: 2003 a 2004 e 2005 a 2013 (9 anos)
Títulos: –
Um meio para entrar e ficar no coração dos torcedores italianos é se tornando capitão. Vestir a braçadeira não é algo trivial no mundo do calcio. Trata-se de uma conquista e reconhecimento para poucos. Esses jogadores costumam exercer o papel de líder em campo, mas de maneira pragmática, e não somente naquele tom péssimo observado na voz de muitos comentaristas de futebol.
Um dos grandes capitães (il capitano) da história do Genoa foi Marco Rossi. Sua história no rossoblú é uma daquelas que se vê muito mais na Europa do que no campeonato brasileiro, por exemplo. Não há nada de grandes conquistas ou taças. Muito pelo contrário. A questão aqui é prova de fidelidade e liderança em momentos difíceis.
Rossi chegou ao Genoa por empréstimo em 2003, mas ficou apenas 1 ano. A contratação em definitivo aconteceu em 2005. O momento não poderia ser pior. Ele praticamente desembarcou num time condenado ao rebaixamento da Serie B para a Serie C, com penalização de pontos na temporada seguinte, fruto de acusação de armação de resultados.
Pois foi exatamente nesse período que o jogador de meio e defesa conquistou a confiança da torcida. Em 2 anos, Rossi já tinha se tornado titular, capitão e praticamente uma bandeira rossoblù. Foi até 2013 como membro essencial e com status de intocável no elenco. Para as gerações mais novas, que não viram o Genoa brilhar e disputar títulos, o jogador se tornou a principal referência. Por exemplo: em entrevista ao canal do clube, o goleiro Perin colocou Rossi na sua seleção de todos os tempos do time.
Até mesmo depois da aposentadoria, que ocorreu em 2013, Rossi se destacou dos demais. Primeiramente por ter se tornado dirigente esportivo da própria equipe. Em segundo lugar, até hoje somente duas camisas do time foram aposentadas, e uma delas é a 7 de Marco Rossi, um dos maiores jogadores do Genoa.
Nome completo: Gialuca Signorini
Data de nascimento: 17 de março de 1960
Ano de morte: 6 de novembro de 2002
Nacionalidade: Italiano
Clube de formação: Pisa
Anos no Genoa: 1988 a 1995 (7 anos)
Títulos: 1 campeonato italiano Serie B (1988-1989)
Se você leu a lista na ordem proposta pelo artigo, então já tem em mente quais foram os critérios adotados para determinar os maiores jogadores do Genoa. O caso do clube da Ligúria é, efetivamente, bem particular. Afinal, não basta recorrer aos atletas que conquistaram títulos, aqueles dos anos 20, para montar a seleção.
No futebol italiano, a exemplo do observado em outras ligas da Europa, existe um “mundo paralelo”, no qual orbitam os clubes que não disputam títulos com muita frequência. Para esses times, mesmo longe do brilho das taças de campeonatos e copas, mesmo mirando e celebrando uma 10ª colocação ao fim de cada temporada, há meios para criar idolatria.
Pois foi nessas circunstâncias que o Genoa moldou em Gianluca Signorini o maior jogador da sua história. Não o goleador máximo, tampouco o mais vitorioso e menos ainda o líder do ranking de número de partidas. Mas ainda assim o maior.
O jogador foi mais um daqueles que rodou por clubes da Serie A até “encontrar” um lar. Isso aconteceu em 1988, quando deixou a Roma. Logo no desembarque em Gênova, integrou o time que conquistou o título da segunda divisão e o acesso à elite. O que se viu nos anos seguintes foram os “últimos melhores anos” do rossoblù, com vitória no Derby Della Lanterna, 4ª colocação no campeonato italiano e uma semifinal de Copa UEFA, perdida em casa contra o Ajax.
Tudo isso com Signorini ostentando a faixa de capitão, honraria destinada a muito poucos. Ao todo, foram 7 anos de Genoa, tempo considerável, mas bem abaixo de outros nomes da lista. Sua despedida, no entanto, foi única e duplamente triste. Em primeiro lugar, em 1995, quando optou por retornar ao Pisa, onde tudo começou. Posteriormente, com a sua morte, em 6 de novembro de 2002. Signorini morreu após sofrer com a rara síndrome de Gehring, esclerose lateral amiotrófica, que o obrigou a andar de cadeira de rodas após seus músculos atrofiarem e diminuírem.
Depois da partida do capitão, a idolatria foi elevada ainda mais. Seu nome rebatizou um dos centros de treinamento do Genoa e a camisa 6 foi aposentada e nunca mais utilizada por ninguém. Honrarias dignas do dono do topo da lista dos maiores jogadores do Genoa.
Jornalista e admirador de quase tudo que venha da Itália – especialmente gols e comida. Jamais identificado com a cobertura do campeonato italiano, fundou o Golazzo para noticiar, entrevistar e opinar sobre o calcio.
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